O controle de riscos passa inevitavelmente por um planejamento adequado que identifique os principais riscos, crie planos de mitigação e proponha quem são os responsáveis por atuar.
Uma etapa seria criar o plano de mitigação de riscos nos moldes técnicos feitos pelas organizações, porém atribuindo claramente as responsabilidades devidas aos entes públicos e privados igualmente. É importante, ainda, estabelecer uma divisão por segmentos de organizações (indústria, comércio, terceiro setor, etc). Tal plano é um produto mais interno e técnico de uso de quem efetivamente vai fazer o gerenciamento dos riscos.
Ao mesmo tempo, poderia ser produzida uma cartilha com um número adequado de páginas (nada muito extenso, mas grande o suficiente para gerar interesse de leitura) que expusesse, de forma didática, quais são os riscos principais mapeados e como as organizações podem agir para reduzir seu impacto negativo. O material deve ter infográficos, vídeos de apoio e essencialmente deve se valer de uma linguagem acessível ao grande público. É prudente que sejam convidados representantes de vários setores, inclusive de universidades.
Seu ponto é essencial, Felipe. Entendo que cada setor (indústria, comércio, e também saúde, educação e outros) vão ter uma visão diferente sobre inteligência artificial. Há leis que optaram, por causa disso, por propor uma regulação setorial, atendendo às necessidades específicas dos diferentes setores. A nossa lei não fez isso. Como poderia ser aperfeiçoada para lidar com essa questão e evitar a solução sempre imperfeita de que um "modelo único" resolveria todos os problemas?