A revista Nature publicou um artigo de nove páginas, em março deste ano, com o título "Artificial intelligence and illusions of understanding in scientific research" que expõe riscos e benefícios da adoção de ferramentas de inteligência artificial na pesquisa científica, destacando como essas tecnologias, sem diversidade, sob o controle de empresas que podemos contar nos dedos da mão, podem levar a uma ilusão de entendimento e à monoculturas de conhecimento. O texto enfatiza a importância da diversidade cognitiva e demográfica para uma ciência robusta. Entendo que o Brasil poderia adotar políticas públicas que estimulassem o uso de LLMs de códigos e pesos abertos, como alguns modelos da francesa Mistral, que seriam treinados com conteúdos locais no Brasil, usando como guardrails a nossa Constituição de 1988, especialmente quanto a seus princípios e direitos fundamentais, e demais normas locais cabíveis. O Brasil é um país de enorme riqueza e diversidade cultural. Em um mundo de interações entre agentes de IA, faz todo sentido a criação de agentes que funcionam em LLMs locais e independentes, com identidades locais, que sejam capazes de conversar com toda a diversidade de outros agentes, para uma rica e mais segura produção de conhecimento pela academia, para a inclusão de minorias no universo digital, e para a criação de uma rede brasileira de contextos locais a ser oferecida ao mundo como nosso maior patrimônio, para consumo interno mas também como produto de exportação, pois conhecimento compartilhado é conhecimento multiplicado e não conhecimento perdido. (sobre a valorização desse patrimônio cultural, ver minhas sugestões sobre proteção contra o colonialismo digital e o extrativismo psíquico).
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Boas-vindas à Consulta Pública sobre Inteligência Artificial no Brasil.
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Lá vem, de novo, a balela de "políticas públicas". É o que menos precisamos!!