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Oficina “O que queremos da IA” - Campus Party Goiás 2024

No dia 30 de novembro de 2024, na Sala do Futuro da IA, Cristina Alves e Pedro Braga, do ITS, conduziram uma oficina voltada para IA e sustentabilidade no Brasil, seguindo o modelo de World Café, na qual foram coletadas novas contribuições para a Consulta Pública de IA. Após uma exposição e apresentação da dinâmica que durou 30 minutos, as participantes foram divididas em três grupos e convidadas a responder três perguntas previamente selecionadas pela equipe do ITS Rio:

  • Quais são as principais barreiras para que o Brasil desenvolva, de forma sustentável, uma infraestrutura energética e tecnológica capaz de suportar a demanda crescente da IA, e como podemos superá-las?

  • Como o Brasil pode aproveitar suas vantagens naturais, como a disponibilidade de energia renovável, para se tornar um líder global em IA sustentável/verde?

  • Como o Brasil pode utilizar IA para melhorar a capacidade de monitoramento e combate aos efeitos das mudanças climáticas, em especial na Amazônia e no Cerrado?



A dinâmica contou com três rodadas, cada uma de 10 minutos, com os grupos alternando entre as perguntas após o final de cada rodada. Ao final da oficina, foram dedicados mais 30 minutos de relatoria coletiva dos resultados entre todas as participantes. Isso permitiu que todas as pessoas presentes tivessem a oportunidade de discutir as três perguntas pré-selecionadas pelo ITS Rio e, assim, contribuir significativamente com todos os eixos de análise.


Listamos abaixo as principais contribuições para cada pergunta:

  • Quais são as principais barreiras para que o Brasil desenvolva, de forma sustentável, uma infraestrutura energética e tecnológica capaz de suportar a demanda crescente da IA, e como podemos superá-las?

    • Melhores salários para evitar a fuga de cérebros no setor de novas tecnologias, em especial no desenvolvimento e treinamento de sistemas de IA

    • Capacitar profissionais de TI sobre empreendedorismo em IA para melhor posicionar esses atores estratégicos no mercado

    • Implementar educação de IA no currículo da base escolar, promovendo, assim, uma melhor compreensão das nuances e complexidades envolvidas no tema


  • Como o Brasil pode aproveitar suas vantagens naturais, como a disponibilidade de energia renovável, para se tornar um líder global em IA sustentável/verde?

    • Propor uma agenda de IA na COP30 para uso sustentável da tecnologia, focando em energia renovável e o potencial do Brasil na área, em especial a respeito de data centers para IA

    • Incentivar a educação técnica para formação de profissionais de IA no Brasil, capacitando, assim, trabalhadores para esse mercado emergente

    • Criar medidas de proteção de direitos autorais e patentes de IA para melhor proteger o mercado nacional


  • Como o Brasil pode utilizar IA para melhorar a capacidade de monitoramento e combate aos efeitos das mudanças climáticas, em especial na Amazônia e no Cerrado?

    • Uso de IA para monitoramento de ondas de calor e prevenção de incêndios florestais, em especial no Cerrado, na Amazônia e no Pantanal

    • Uso de IA para prevenir garimpo ilegal a partir de imagens de satélite/drone, facilitando, assim, a identificação de padrões nessas imagens

    • Parcerias com big techs para mineração de dados de IA para monitoramento climático, promovendo, portanto, o uso da IA para o combate aos efeitos das mudanças climáticas no Brasil


Vale destacar que algumas das contribuições que surgiram ao longo da oficina refletem pontos que já estão no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Inovação e Tecnologia (MCTI). É o caso, por exemplo, do estabelecimento das premissas do Plano sobre o uso da IA para promover a sustentabilidade ambiental para a transição ecológica. Isso apenas reforça a importância da oficina realizada na Campus Party, considerando que contribuições advindas da edição de Goiânia e das edições vindouras poderão embasar contribuições concretas para o aperfeiçoamento do PBIA como parte da iniciativa da Consulta Pública liderada pelo ITS Rio.


A partir dos dados dos inscritos na Oficina na Campus Party Goiás 4ª Edição, conseguimos traçar o seguinte perfil: se inscreveram na oficina 33 pessoas, sendo a maioria de estados do Centro-Oeste do Brasil, em especial Goiás. A idade média do público foi de aproximadamente 29 anos. Por fim, a respeito do grau de confiança em tecnologias de IA por parte das participantes, entre 1 e 10, a média das respostas foi de 8,24.


OBS: Apenas 21 dos 33 participantes autorizaram o uso dos dados para geração de estatísticas.




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