Criação de disciplinas específicas ao tema IA, tanto na formação dos docentes como nas escolas, obviamente respeitando as especificidades locais, estimulando o letramento em IA.
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Boas-vindas à Consulta Pública sobre Inteligência Artificial no Brasil.
A primeira fase da Consulta Pública chegou ao fim, mas você ainda pode participar da conversa! Todas as contribuições enviadas até o dia 02 de dezembro de 2024 foram analisadas e serão publicadas em breve no site do ITS.
Você ainda pode compartilhar sua opinião e participar das futuras fases da Consulta. Além disso, pode continuar votando nas proposições que extraímos dessa primeira fase: Área da Saúde - Academia e Movimento Maker
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Sobre essa questão, já existe a Lei nº 14.533/2023, que definiu a Política Nacional de Educação Digital. Será que a IA deve ser incluída nessa política? https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/L14533.htm
Acredito que a educação para letramento em IA é importante não só para a inclusão das pessoas no mercado de trabalho resultante da revolução tecnológica que estamos vivendo, mas também para que as pessoas saibam discernir entre o bom uso e o mau uso da IA, o que é essencial para o desenvolvimento do país. A IA produz e entrega ao usuário conteúdo compatível com o grau de educação e de riqueza cultural desse usuário. A IA pode funcionar como um espelho de aumento, que reflete tanto a ignorância quanto a o conhecimento e inteligência do usuário. Para o letramento em IA, o nível de educação e cultura geral das pessoas será determinante para que tenhamos uma sociedade capaz de colher bons frutos da IA. O conhecimento de computação e programação já não são tão desejáveis na formação dos futuros profissionais, como disse Jensen Huang, CEO da NVIDIA, em 7/3/2024 no SIEPR Economic Summit, na Stanford University. Hoje já se programa em linguagem natural, com instruções para assistentes de IA em Português corrente. É preciso ensinar português, filosofia, lógicas, e todas as disciplinas tradicionais que permitam um melhor conhecimento do mundo, com boa dose de senso crítico e possam abrir os horizontes para a cultura, especialmente a cultura local, pois em um mundo conectado por agentes de IA, as melhores e mais ricas bases de conhecimento, os melhores algoritmos e guardrails serão aqueles desenvolvidos localmente, com uma identidade, uma coerência e uma integridade cultural, com alinhamento com valores locais. A IA superconectada precisará de diversidade de LLMs, e cada localidade terá seus tesouros a serem compartilhados por agentes de IA que poderão interagir e encontrar os caminhos das melhores conexões humanas. Essa é a minha aposta. Aprender a fazer prompts e entender como a IA funciona, é a parte fácil. Aprender a fazer prompts relevantes e precisos, ter conteúdo para alimentar a IA, isso sim dá trabalho e requer políticas públicas de educação gratuita para todos os que dela necessitarem. Educação de verdade, que forme adultos capazes de aprender sozinhas, de criar, capazes de serem livres e menos sucetíveis a se tornarem vítimas da tecnologia.
Esse é um bom ponto. Também acho que seria importante introduzir educação em pensamento computacional e AI na escola. Vamos precisar muito dos professores para isso e um projeto de lei adequado poderia construir esse ponto no âmbito das diretrizes básicas da educação.